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Você tem se movimentado ultimamente?

  • Foto do escritor: Ana Luísa Vahl Dias
    Ana Luísa Vahl Dias
  • 14 de jun. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de jun. de 2023

A felicidade não nasce da inércia, mas sim do movimento.


A sociedade frenética que construímos é a precursora de boa parte dos nossos anseios: muita informação fútil, cobranças irreais, notícias ruins o tempo todo, obrigações exacerbadas. A sociedade do medo e da ansiedade toma conta do nosso subjetivo aos poucos, de forma sutil e, quando percebemos, não conseguimos mais encontrar o caminho de volta para nós mesmos. Nos adaptamos ao caos no qual mergulhamos (in)conscientemente e um conforto perfeitamente desconfortável se torna o novo estado constante do ser humano.


O quanto a sociedade que construímos alterou o funcionamento do nosso cérebro?


Não tem nada de errado acontecendo, mas algo não está certo. Quando imersos no caos também estando em desequilíbrio psíquico, nosso principal movimento vai sempre ao encontro da auto-preservação. Nos isolamos, escondemos e encolhemos o máximo possível. Intuitivamente nos convencemos que tal comportamento é o único possível e justificamos atitudes prejudiciais ao nosso bem estar sempre utilizando auto-sabotadores como analgésicos. Aqui, a linha entre descanso e inércia se torna extremamente tênue e só é percebida com um retorno a um estado de atenção plena e presença.


Ao passo em que os momentos de descanso e não-movimento se tornam fonte de angústia e ansiedade, ficamos mais perto do estado de inércia. Aqui, é necessário ser contra-intuitivo já que, ao cair no estado de inércia, o caminho de volta se torna ainda mais tortuoso e tudo ao redor tenta nos convencer de que é preciso auto-preservar-se.


Aprender a ouvir o coração atentamente se torna a única saída. Conexão com a vida é o que nos resgata da inércia. Sair da projeção mental e voltar à vida real, fluida, maleável e cheia de caminhos, é a chave para compreender que estar presente no agora é o único caminho para a felicidade e é bem menos assustador do que parece.


Existe um caminho para sair da projeção mental, mais próximo e acessível do que qualquer outro: o movimento, por si mesmo, sem rotinas, sem pré-definições; o movimento que acontece como forma de expressão; o movimento que é tão natural à natureza, que forma as ondas do mar e as nuvens no céu; o movimento que renova, redefine e reconecta.


Independentemente do movimento, movimente-se, sempre.

Escolha uma música que gosta e dance, sentindo cada parte do seu corpo que tenta seguir o ritmo da música; saia pelas ruas e repare nos detalhes, sons e sensações que nunca reparou antes ou que há muito não reparava; ande de bicicleta e compreenda a liberdade de sentir o vento úmido batendo no corpo e levando todas as angústias com ele; faça skincare e perceba a cada parte do processo o quanto seu corpo é seu templo e que ele te conecta com essa experiência; faxine a casa e, junto com a sujeira, limpe todas as angústias e ansiedades do seu coração. O movimento é um processo de limpeza e reconexão com o seu espaço mais seu, afinal.


O corpo é a conexão com essa existência material, é o que te proporciona as sensações. A mente é o que trabalha para nos manter vivos, analisa tudo que as sensações trazem, classifica e documenta tudo. A alma é a essência que existe e só; é tudo o que é; conecta ao todo, a tudo.

A alma nos move mas, ao mesmo tempo, se esconde ao ser sobreposta por projeções mentais que, mesmo buscando manter-nos vivos, sufocam nossa essência. Com a alma sufocada pela mente, tendemos a não ver sentido na vida.


Entretanto, mesmo responsável por nos manter vivos, a mente tem energia limitada. Quando refutamos seus comandos, sem ceder aos seus constantes direcionamentos voltados ao isolamento, ela deixa de enviar energia para projeções e construções mentais e a redireciona para o funcionamento do corpo ligado ao movimentar. A partir daí, a alma volta ao controle, o corpo permite a conexão com a existência material através dos sentidos e a alma se conecta com o verdadeiro sentido de estar aqui.


O movimento remove a película mental de auto-preservação limitante e nos joga na verdadeira experiência terrena: experienciar o sentir.

A ansiedade e a angústia traduzem o medo do sentir. Tristeza é um sentimento bonito, assim como a alegria e a coragem. Chorar faz parte e é importante. A água limpa, nutre, dá vida.


O movimento é capaz de nos reconectar com a essência do todo, com a raíz do sentir. Utilizar a energia restante para ir contra a mente e se movimentar quando a ansiedade e a angústia apertam é o remédio natural mais eficaz contra a inércia que sufoca e que, aos poucos, nos afasta da nossa alma e sufoca sem alardear, tirando de nós o sentir, tornando-nos mornos.


Sempre que perceber a tentativa de controle da mente vinda do medo do sentir, movimente-se e sinta o movimento do universo em cada átomo através de você. O natural é o movimento: flua com a vida e sinta toda a vida que a vida te dá.



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